Osteomielite

Saiba tudo sobre a osteomielite: suas causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e complicações. Entenda como identificar a infecção óssea e o que fazer para tratá-la adequadamente.
Pediatra

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Dr. Elias El Mafarjeh
RQE Nº 99527

Osteomielite | Dr. Elias El Mafarjeh | Médico Pediatra
Osteomielite: Perguntas Frequentes

Osteomielite: Perguntas Frequentes

O que é osteomielite?

A osteomielite é uma infecção do osso que ocorre gradualmente, levando à destruição tecidual e necrose óssea. Essa infecção pode ser causada por bactérias, fungos ou outros patógenos que entram na corrente sanguínea ou diretamente no osso, resultando em inflamação e possível destruição óssea.

Qual é a epidemiologia da osteomielite em crianças?

  • Incidência: Essa infecção em crianças é frequentemente hematogênica, ou seja, resultado de infecções em outras partes do corpo que se espalham para os ossos através da corrente sanguínea.
  • Gênero e Idade: Meninos são afetados quase duas vezes mais do que meninas. Mais da metade dos casos pediátricos ocorre em crianças menores de cinco anos, e um quarto em menores de dois anos. Essa infecção é rara em bebês com menos de quatro meses, a menos que haja fatores de risco subjacentes.
  • Em Adolescentes: Nessa faixa etária, ela é mais comumente não hematogênica, resultante de traumas ou cirurgias.

Qual é a etiopatogenia da osteomielite?

  • Osteomielite Hematogênica: Ocorre quando bactérias circulantes no sangue se fixam na região metafisária do osso, onde há maior vascularização e fluxo sanguíneo mais lento. A infecção provoca a formação de exsudato, aumenta a pressão nos canais ósseos e pode levar à formação de sequestro ósseo (porção de osso necrosada).
  • Osteomielite Não Hematogênica: Decorre de infecções subjacentes, inoculação direta após traumas, cirurgias ou procedimentos médicos.

Como se apresenta o quadro clínico da osteomielite?

  • Osteomielite Hematogênica Aguda (< 3 meses): Os sintomas são inespecíficos, incluindo febre, vômitos e irritabilidade. Diagnósticos são facilitados pela observação de sinais como inchaço, eritema e redução da amplitude de movimento na área afetada. O patógeno mais comum é o Staphylococcus aureus.
  • Osteomielite Hematogênica Aguda (3 meses a 10 anos): Sintomas clássicos incluem febre aguda, irritabilidade, diminuição do apetite e claudicação, além de achados focais de inflamação óssea, como dor e inchaço.
  • Osteomielite Crônica: Caracteriza-se por dor, eritema, edema e, em alguns casos, fístulas drenantes. A febre geralmente está ausente, mas podem ocorrer crises intermitentes de dor e aumento do volume local.

Como é feito o diagnóstico de osteomielite?

O diagnóstico dessa infecção pode ser classificado em duas categorias:

  • Confirmado: Baseado em evidências histopatológicas de inflamação em amostras de osso ou identificação do patógeno por cultura ou coloração de Gram.
  • Provável: Baseado em dados clínicos, laboratoriais (PCR e VHS) e radiológicos.

Exames utilizados no diagnóstico incluem:

  • Exames Laboratoriais: Hemograma, PCR (proteína C reativa) e VHS (velocidade de hemossedimentação) podem ajudar a identificar a infecção, embora valores normais não excluam a possibilidade dessa infecção.
  • Radiografia (Rx): Utilizada para excluir outros diagnósticos diferenciais, mas pode não mostrar alterações no início da infecção. A sensibilidade varia de 16 a 20% e a especificidade de 80 a 100%.
  • Ressonância Magnética (RM): O exame de escolha para osteomielite, permitindo identificar a localização e a extensão da infecção. A sensibilidade da RM varia de 80 a 100%, com especificidade entre 70 a 100%.

Qual é o tratamento para osteomielite?

O tratamento dessa infecção geralmente envolve:

  • Antibióticos: A escolha do antibiótico depende do patógeno identificado e da gravidade da infecção. O tratamento pode ser oral ou intravenoso, dependendo da fase e da extensão da infecção.
  • Cirurgia: Casos graves, como abscessos ou necrose óssea significativa, podem necessitar de desbridamento cirúrgico para remover o tecido infectado e promover a cura.
  • Tratamento de Suporte: Controle da dor, suporte nutricional e fisioterapia podem ser necessários para ajudar na recuperação funcional da área afetada.

Quais são as principais complicações?

As principais complicações dessa infecção incluem:

  • Necrose Óssea: Causada pela destruição tecidual devido à infecção prolongada.
  • Abscessos: Formação de pus dentro ou ao redor do osso, que pode necessitar de drenagem cirúrgica.
  • Problemas Funcionais: Dano permanente ao osso ou articulação afetada, resultando em limitações funcionais, especialmente em casos crônicos.

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