Refluxo Vesicoureteral (RVU)

Saiba o que é refluxo vesicoureteral (RVU), suas causas, diagnóstico e tratamentos. Entenda a importância do acompanhamento para evitar infecções urinárias e danos aos rins.
Pediatra

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Dr. Elias El Mafarjeh
RQE Nº 99527

Refluxo | Dr. Elias El Mafarjeh | Médico Pediatra
Refluxo Vesicoureteral (RVU): O Que Você Precisa Saber

Refluxo Vesicoureteral (RVU): O Que Você Precisa Saber

O que é o refluxo vesicoureteral (RVU)?

O refluxo vesicoureteral (RVU) é uma condição em que a urina flui de volta da bexiga para o ureter e, possivelmente, para a pelve renal. Esse problema ocorre quando o mecanismo de válvula entre a bexiga e o ureter não funciona corretamente. Normalmente, o ureter se conecta à bexiga de forma oblíqua, criando uma barreira que impede o fluxo retrógrado. No RVU, essa barreira não funciona adequadamente devido a um túnel submucoso insuficiente ou ausente.

Qual é a causa do RVU?

  • Primária: Geralmente congênita, pode ocorrer isoladamente ou em associação com malformações da junção ureterovesical, como duplicidade ureteral, ureterocele com duplicação e ectopia ureteral.
  • Secundária: Resulta do aumento da pressão na bexiga, que pode ser causado por condições como bexiga neurogênica e obstrução infravesical, ou de processos inflamatórios como cistite grave, corpo estranho, litíase vesical e cistite crônica. Procedimentos cirúrgicos na junção ureteropélvica (JUP) também podem levar ao RVU.

Como o RVU afeta a saúde?

O RVU pode levar à pielonefrite, uma infecção do trato urinário superior, devido à ascensão das bactérias da bexiga para os rins. Estudos indicam que o RVU está presente em até 30% dos casos de infecção urinária no primeiro episódio. Se não tratado, o RVU pode causar danos renais permanentes e comprometer a função dos rins, especialmente em crianças.

Como o RVU é diagnosticado?

O diagnóstico do RVU é feito principalmente por meio da uretrocistografia miccional (UCM). Esse exame avalia a gravidade do refluxo e é essencial para a definição do tratamento adequado. A gravidade do RVU é classificada de acordo com a escala do Comitê Internacional de Estudo de Refluxo, que vai de grau I (mais leve) a grau V (mais grave).

Qual é o tratamento para o RVU?

O tratamento do RVU pode variar conforme a gravidade:

  • Casos Leves: Podem ser monitorados com acompanhamento regular e, na maioria das vezes, resolvem-se espontaneamente com o tempo.
  • Casos Graves: Podem necessitar de intervenção cirúrgica para corrigir o refluxo e prevenir complicações futuras, como infecções renais recorrentes e danos aos rins.

Por que é importante o acompanhamento?

O acompanhamento é crucial para garantir que o refluxo não cause infecções recorrentes e danos aos rins. A detecção e o tratamento precoces podem prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Exames periódicos ajudam a monitorar a evolução da condição e a ajustar o tratamento conforme necessário.

Como é tratado o refluxo vesicoureteral (RVU)?

Tratamento Conservador

A maioria dos casos de RVU (cerca de 90%) resolve-se espontaneamente entre o segundo e o terceiro ano de vida, mesmo nos casos de maior gravidade. Para a maioria das crianças, a abordagem inicial é a observação cuidadosa.

Monitoramento Regular

Recomenda-se realizar uma uretrocistografia miccional (UCM) a cada 12-18 meses e uma cintilografia com DMSA anualmente para monitorar a progressão do refluxo e a possível lesão renal. Esses exames ajudam a avaliar se há necessidade de tratamento adicional ou intervenção.

Tratamento Profilático

A profilaxia com antibióticos é recomendada para pacientes com refluxo vesicoureteral de grau III ou superior, ou para aqueles com cicatrizes renais já existentes. A profilaxia visa prevenir infecções urinárias e proteger os rins de danos adicionais.

Tratamento Cirúrgico

Para casos graves de refluxo vesicoureteral, especialmente aqueles que não respondem à profilaxia ou que causam complicações, pode ser necessário tratamento cirúrgico. A correção cirúrgica visa reparar o defeito anatômico e evitar a progressão da doença.

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Se você está preocupado com o refluxo vesicoureteral, a consulta com o Dr. Elias El Mafarjeh pode ser fundamental para esclarecer todas as suas dúvidas e determinar o melhor tratamento.


Perguntas Frequentes (FAQ)

Quais são as principais causas do RVU?

O refluxo vesicoureteral pode ser primário, muitas vezes congênito, ou secundário, relacionado a problemas como obstruções ou infecções.

Como é feito o diagnóstico do RVU?

O diagnóstico é realizado por exames como a uretrocistografia miccional (UCM), que avalia a gravidade do refluxo.

Quais são os tratamentos mais comuns para o RVU?

Os tratamentos incluem acompanhamento regular, profilaxia com antibióticos e, em casos mais graves, cirurgia para correção do refluxo.

O RVU pode causar danos permanentes?

Se não tratado, o refluxo vesicoureteral pode levar a danos renais permanentes, especialmente em crianças.

Quanto tempo leva para o RVU se resolver sozinho?

Em muitos casos, o refluxo vesicoureteral pode melhorar ou se resolver espontaneamente entre o segundo e o terceiro ano de vida.

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