Higroma Cístico

Entenda o higroma cístico, uma malformação linfática comum na região cervical. Saiba sobre suas características, diagnóstico, tratamento e opções para reduzir a taxa de recorrência.
Pediatra

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Dr. Elias El Mafarjeh
RQE Nº 99527

Higroma Cístico | Dr. Elias El Mafarjeh | Médico Pediatra
Higroma Cístico: Entendendo e Tratando a Malformação Linfática

Higroma Cístico: Entendendo e Tratando a Malformação Linfática

Introdução

O higroma cístico é a principal malformação linfática na região cervical. Trata-se de uma lesão cística, geralmente multiloculada, revestida por células endoteliais. A localização mais comum é na região posterior do pescoço, resultante de um problema nos vasos linfáticos jugulares. No entanto, o higroma cístico também pode ocorrer em outras regiões, como:

  • Axilar: Na região das axilas.
  • Mediastinal: Na região central do tórax.
  • Inguinal: Na região da virilha.
  • Retroperitoneal: Na área atrás do peritônio, que é a membrana que reveste a cavidade abdominal.

Embora muitas vezes essas malformações linfáticas sejam detectadas ao nascimento, elas podem se manifestar em qualquer idade e, em alguns casos, podem ser identificadas ainda no pré-natal através de ultrassonografia fetal. O reconhecimento precoce e o manejo adequado são cruciais para evitar complicações e melhorar o prognóstico.

Quadro Clínico

O higroma cístico se apresenta como uma lesão cística que é geralmente compressível e descrita como uma massa suave. Dependendo do tamanho e da localização da lesão, pode haver sintomas relacionados à compressão de estruturas vizinhas, como:

  • Dificuldade respiratória: Quando a lesão está localizada na região cervical ou mediastinal, pode pressionar as vias aéreas, causando dificuldade na respiração.
  • Problemas de deglutição: A compressão das estruturas adjacentes pode afetar a capacidade de engolir alimentos e líquidos.
  • Compressão de nervos ou vasos sanguíneos adjacentes: Pode resultar em sintomas neurológicos ou circulatórios dependendo da localização e do tamanho da lesão.

A manifestação clínica pode variar amplamente com base na localização e no tamanho da lesão, sendo fundamental uma avaliação detalhada para determinar a abordagem terapêutica mais adequada.

Diagnóstico

O diagnóstico do higroma cístico é frequentemente baseado no exame clínico. Para uma avaliação mais detalhada, podem ser utilizados os seguintes exames:

  • Ultrassonografia (USG): Ajuda a identificar e caracterizar a lesão, oferecendo informações sobre a presença de múltiplos cistos e sua estrutura.
  • Tomografia Computadorizada (TC): Pode fornecer informações adicionais sobre a extensão da lesão, ajudando a avaliar a relação com as estruturas anatômicas adjacentes.
  • Ressonância Magnética (RM): Oferece a maior acurácia para análise de lesões mais complexas e é especialmente útil em casos onde a lesão é difícil de distinguir com outros métodos de imagem.

A escolha do exame pode depender da localização e da complexidade da lesão, bem como da necessidade de informações adicionais para o planejamento do tratamento.

Tratamento

O tratamento do higroma cístico pode envolver várias abordagens, dependendo da gravidade e da localização da lesão:

  • Ressecção Cirúrgica: A cirurgia é frequentemente a abordagem preferida, com a remoção da lesão e a ligadura de todos os ramos linfáticos. A taxa de recorrência após a cirurgia pode variar entre 15% a 40%, dependendo do tamanho e da complexidade da lesão. A cirurgia visa não apenas remover o higroma, mas também prevenir a formação de novos cistos.
  • Agentes Esclerosantes: O uso de agentes esclerosantes como Bleomicina, doxiciclina e OK-432 tem mostrado uma menor taxa de recorrência em comparação com a cirurgia isolada. Esses agentes ajudam a reduzir a formação de novos cistos e a promover a absorção dos existentes. A escolha do agente esclerosante pode depender da localização e da resposta individual ao tratamento.

Além das abordagens mencionadas, o acompanhamento regular e a avaliação de possíveis recidivas são essenciais para garantir o sucesso do tratamento e a qualidade de vida do paciente.

Considerações Finais

O higroma cístico é uma malformação linfática que pode apresentar desafios significativos no diagnóstico e tratamento. O reconhecimento precoce e a abordagem terapêutica adequada são fundamentais para minimizar complicações e melhorar o prognóstico. A colaboração entre diferentes especialidades médicas pode ser benéfica para garantir um tratamento eficaz e um acompanhamento contínuo.

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